Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES BRASILEIROS E VENEZUELANOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO EM RORAIMA.
Fundamentação teórica/Introdução
A doença renal crônica (DRC) tem como características ser lenta, progressiva e definitiva, o que contribui para a menor qualidade de vida encontrada nos pacientes com essa patologia. Nesse contexto, ressalta-se que devido à crise econômica na Venezuela, existe uma onda migratória muito intensa de venezuelanos, inclusive com agravos de saúde como DRC, buscando amparo no Brasil, principalmente em Roraima.
Objetivos
Avaliar e comparar a qualidade de vida de pacientes brasileiros e venezuelanos com DRC em tratamento de HD em Roraima.
Delineamento e Métodos
Essa é uma pesquisa transversal observacional e descritiva, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, feita com 116 pacientes com DRC em HD em Roraima entre o período de setembro de 2022 e julho de 2023. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e o questionário Kidney Disease Quality Of Life Instrument-Short Form (KDQOL-SF) e feita uma análise descritiva dos dados.
Resultados
Dos 116 pacientes com DRC em HD, 26,72% eram venezuelanos e 73,28% brasileiros. Ainda, 58,82% dos brasileiros eram do sexo masculino e 58,06% dos venezuelanos do sexo feminino. Dos brasileiros, 51,77% tinham entre 45 a 64 anos, 44,71% estavam solteiros e 67,06% ganhavam até um salário mínimo. Dos venezuelanos, 64,52% possuía entre 20 a 44 anos, 74,19% eram solteiros e 96,77% ganhavam até um salário mínimo. Ainda, dos pacientes brasileiros, 34,12% possuíam o ensino fundamental incompleto e, dos pacientes venezuelanos, 49,39% possuíam o ensino médio completo. Quanto às comorbidades, comparando-se brasileiros e venezuelanos, observou-se diferenças na hipertensão Arterial (82,35% vs. 74,19%), diabetes mellitus (3294% vs. 3,22%) e doenças autoimunes (7,05% vs. 12,90%). Quanto à qualidade de vida, as maiores discrepâncias nas médias entre brasileiros e venezuelanos foram nos domínios “função cognitiva” (77,96 ± 20,63 vs. 67,96 ± 17,92), “sono” (68,56 ± 19,69 vs. 61,69 ± 21,23), “satisfação do paciente” (67,65 ± 17,32 vs. 76,34 ± 22,68), “funcionamento físico” (58,12 ± 27,41 vs. 73,39 ± 21,62), “limitações por problemas físicos” (25,88 ± 32,61 vs. 35,48 ± 40,71), “dor” (61,79 ± 30,81 vs. 72,02 ± 26,10) e “limitações por problemas emocionais” (50,59 ± 43,83 vs. 72,04 ± 40,46).
Conclusões/Considerações Finais
Dessa forma, observa-se diferenças expressivas nas características das duas populações estudadas. Com isso, urge-se a necessidade de compreender melhor ambas as populações estudadas, a fim de prestar uma melhor assistência e cuidado a eles.
Palavras Chave
Hemodiálise, Qualidade de Vida, Doença Renal Crônica.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
Universidade Federal de Roraima - Roraima - Brasil
Autores
ALINE CANDIDO PRADO AGUIAR, LUCAS CAEL AZEVEDO RAMOS BENDAHAM, BRUNA KEMPFER BASSOLI