Dados do Trabalho

Título

INSUFICIENCIA HEPATICA AGUDA GRAVE SECUNDARIA A HEPATITE AUTOIMUNE EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

Fundamentação teórica/Introdução: A Hepatite Autoimune (HAI) é uma das causas
de insuficiência hepática aguda. Pode se apresentar em qualquer idade, com prevalência
bimodal, na segunda década de vida e entre a quinta e sexta décadas, sem distinção de
grupo étnico, e com predomínio em mulheres. Na faixa etária pediátrica, a causa é
conhecida em apenas 55% dos casos, e nos outros 45% é indeterminada, sendo a
desregulação autoimune uma etiologia. O diagnóstico é dado pela história e exames
laboratoriais, e o tratamento geralmente inclui glicocorticoide, com ou sem azatioprina
ou transplante nos casos graves.

Objetivos

Objetivo: Relatar um caso de HAI em um adolescente,
com insuficiência hepática e necessidade de transplante.

Delineamento e Métodos

Delineamento e métodos:
Trata-se de um relato de caso, com informações colhidas em anamnese e prontuário.

Resultados

Descrição do Caso: Paciente do sexo masculino, 14 anos, previamente hígido,
apresentou acolia fecal, diarreia, colúria e icterícia, associados à astenia há 7 dias da
admissão. Negava febre, sangramento e outros sintomas. Negou abuso de substâncias
ou pródromos virais. Exames evidenciaram: bilirrubina total:18,7mg/dL, bilirrubina
indireta:9,7mg/dL, albumina:2,8g/dL, creatinina:0,4mg/dL, aspartato
aminotransferase:1340U/L, alanina aminotransferase:984U/L, INR:1,96, sorologias para
HIV, sífilis e vírus A, B, C: negativas;  Teste de Coombs indireto negativo;
citomegalovírus IgG reagente e IgM não reagente, leishmaniose IgG e IgM negativos.
Haptoglobina <10, Ferritina 1.131ng/dL, saturação de transferrina 87%, ferro 245
µg/dL. Anticorpo antinúcleo e antimúsculo liso positivos. Ultrassonografia de abdome
evidenciou hepatoesplenomegalia homogênea, sem dilatação de vias biliares intra ou
extra-hepáticas ou lesões expansivas. Colangiorressonância: sem alterações obstrutivas
ou ectásicas. Dada a gravidade do caso, o paciente foi transferido para Serviço de
Hepatologia. Evoluiu com encefalopatia e piora da função hepática, fazendo
pulsoterapia com metilprednisolona. Como não houve melhora, foi indicado transplante
hepático, o qual foi bem sucedido, e o paciente apresentou melhora clínica pós-
transplante.

Conclusões/Considerações Finais

Considerações finais: O diagnóstico de HAI em caso de insuficiência
hepática aguda deve sempre ser aventado, sobretudo nos mais jovens e sem fatores de
risco. Ter acesso a um serviço especializado e conseguir realizar o transplante hepático
muda a história natural da doença, melhorando o prognóstico de um caso dramático que
evoluía desfavoravelmente.

Palavras Chave

Considerações finais: O diagnóstico de HAI em caso de insuficiência
hepática aguda deve sempre ser aventado, sobretudo nos mais jovens e sem fatores de
risco. Ter acesso a um serviço especializado e conseguir realizar o transplante hepático
muda a história natural da doença, melhorando o prognóstico de um caso dramático que
evoluía desfavoravelmente.

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