Dados do Trabalho

Título

O EFEITO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA INCIDENCIA DE CANCER NO BRASIL

Fundamentação teórica/Introdução

No Brasil, na última década, observou-se um avanço expressivo na disponibilidade e na qualidade das informações sobre incidência de câncer, assim, sabe-se que o câncer de pele não melanoma é o mais incidente, seguido pelos de mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago, respectivamente. Consta que com o advento da pandemia de COVID-19 houve uma dificuldade do acesso dos indivíduos aos serviços de saúde, destarte, diversos países relataram atrasos importantes no diagnóstico de câncer.

Objetivos

Verificar se a pandemia de COVID-19 impactou na quantidade de diagnósticos das neoplasias malignas mais incidentes no Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e retrospectivo com dados públicos do PAINEL-Oncologia presentes no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde no período de 2013 a 2022. Os dados foram coletados, tabulados em planilha do Microsoft Excel®, a partir das quais foram construídos gráficos utilizando esse mesmo software e realizado a análise de regressão linear dos dados, calculando o R2 e a equação da reta, buscando compreender, a partir da análise do coeficiente angular, se há tendência de aumento, estabilidade ou redução do número de diagnósticos.

Resultados

Por meio da análise dos dados obtidos, percebe-se que há tendência de ampliação no número de diagnósticos no período analisado. Ademais, nota-se que as neoplasias de pele não melanoma, da próstata e da mama foram os que tiveram uma queda acentuada de diagnósticos no ano de 2020, retomando a tendência de aumento nos anos seguintes analisados. As neoplasias de cólon e reto tenderam-se a estabilidade, já as neoplasias de brônquios e de pulmão tiveram uma ligeira queda e a neoplasia de estômago um modesto aumento.

Conclusões/Considerações Finais

A partir dos resultados apresentados, nota-se que há tendência de aumento no número de diagnósticos das neoplasias malignas mais incidentes no Brasil no período de 2013 a 2022, sendo que no período pandêmico de COVID-19 houve um impacto negativo significativo no diagnóstico das neoplasias malignas de pele não melanoma, de próstata e de mama, sendo essas as três mais incidentes no país e as que dispõem de campanhas que promovem a conscientização e buscam propiciar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento.

Palavras Chave

Neoplasias; Diagnósticos; Pandemias; COVID-19.

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