Dados do Trabalho

Título

PADRAO EPIDEMIOLOGICO DAS VITIMAS DE ACIDENTE DE TRANSITO ATENDIDAS NO NORTE DO BRASIL DE 2020 A 2022 EM AMBIENTE EXTRA E INTRA-HOSPITALAR.

Fundamentação teórica/Introdução

Os acidentes de trânsito e suas potenciais consequências têm sido alvo de estudos nas últimas décadas por conta do acentuado número de vítimas admitidas nos pronto-socorros e em centros de ortopedia e traumatologia no Brasil. A priori, justifica-se o aumento linear de traumas, politraumas e óbitos tanto pelo expressivo número de veículos em circulação quanto por imprudências nas vias de transporte. Os custos econômicos configuram danos de propriedade, perda de produtividade, despesas médicas e morbidade acentuada devido às sequelas locomotoras nas vítimas de acidente de trânsito. Por conseguinte, o tratamento às vítimas é realizado pelo serviço de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) que envolve uma dinâmica protocolada de assistência em saúde na cena, garantindo que o indivíduo chegue em vida ao ambiente hospitalar.

Objetivos

O atual estudo tem como objetivo central analisar o quantitativo da morbimortalidade de vítimas de acidente de trânsito no período de Janeiro de 2020 a Janeiro de 2023 na região Norte do país e associar os resultados à intervenção do APH como fator protetivo para tais pacientes.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional e transversal realizado no território brasileiro com dados coletados pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN-SUS). As variáveis abrangem a região Norte do Brasil, números de vítimas de acidente integrando pedestres, ciclistas, motociclistas e automobilistas nos anos 2020 a 2022. A pesquisa foi realizada com dados secundários de acesso ao público e anônimo sem necessidade de submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos.

Resultados

Nota-se o registro de 41.713 vítimas de acidente de trânsito no território da região Norte do Brasil no intervalo de Janeiro 2020 e Janeiro 2022. Desse número, só em 2022 os índices marcaram 15.630 casos, registrando um aumento crescente comparado ao ano de 2020 que registrou o menor resultado do intervalo com um total de 11.083 casos. Em vista disso, o número de sequelados acompanha um percentual favorável na faixa de 15 a 17% e as complicações médicas entre 10 a 12% dos pacientes estudados. Contudo, o percentual de óbitos sofreu uma queda significativa de 2,7% em 2020 para 2% em 2021 e 2022.

Conclusões/Considerações Finais

De acordo com os argumentos supracitados, é tácito que a queda do número de óbitos se deu pela eficácia de protocolos de atendimento assim como a estabilização no número de sequelados e de complicações sem que houvesse aumento grotesco e desfavorável à conduta indicada.

Palavras Chave

Acidente de transito; trauma; morbimortalidade; protocolo APH.

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