Dados do Trabalho
Título
ABCESSO ESPLENICO – UM RELATO DE CASO E A NECESSIDADE DE INVESTIGAÇAO DE FATORES DE RISCO
Fundamentação teórica/Introdução
O abscesso esplênico (AE) é um desafio diagnóstico dado que é incomum no dia a dia clínico. Mesmo com poucos relatos conseguiu-se delinear alguns determinantes que predispõe AE, sendo eles: infarto esplênico, trauma de grande impacto, endocardite, neoplasias e imunodeficiências principalmente (2/3 dos casos relatados).
Objetivos
Abordar o tema de AE através de um relato de caso cujo paciente não se encaixa nos fatores de risco supracitados. Disseminando, portanto, a necessidade de suspeição clínica desse diagnóstico atípico.
Delineamento e Métodos
Relato de caso: A.O.P, 37 anos, masculino, deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital 28 de Agosto dia 08/06/2023 transferido do município de Nova Olinda do Norte, interior do Amazonas, com história de confusão mental, dispneia ventilatório-dependente aos moderados esforços, febre alta, fadiga e paresia em membros inferiores. Paciente relatou quadro com cirrose hepática alcoólica há 3 anos, em abandono de tratamento e retorno a libação alcoólica e uso de drogas injetáveis. Permaneceu na UTI por 21 dias e após a estabilização do quadro optou-se pela transferência para a Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) para investigação diagnóstica. Ao exame físico da admissão apresentava-se em MEG, desorientado, ictérico, hipocorado e taquipneico. Expansão torácica diminuída com murmúrio abolido em base esquerda. Abdome ascítico, doloroso á palpação superficial e profunda em flanco esquerdo. Traube ocupado. Com presença de flapping. Hemograma da entrada evidenciou anemia, leucocitose, plaquetopenia e solicitadas as sorologias para HIV e hepatites, que posteriormente se mostraram negativas.
Resultados
Durante a tomografia de abdome sem contraste após 5 dias de internação chamou atenção o aumento da circulação colateral periesplênica, além de esplenomegalia e coeficientes de atenuação heterogêneo, apresentando coleções hipodensas e não realçantes ocupando totalmente a metade superior do baço. Aliado a um quadro febril persistente mesmo após ter-se concluído o tratamento de sepse de foco abdominal, juntamente derrame pleural unilateral em hemitoráx esquerdo, pode-se pensar em um abcesso esplênico, confirmado através de videolaparoscopia.
Conclusões/Considerações Finais
O abscesso esplênico mesmo que sem fatores de risco presentes deve sempre ser uma hipótese diagnóstica e de maneira rápida vista a alta taxa de mortalidade.
Palavras Chave
abcesso, baço, esplênico, cirrose
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE - Amazonas - Brasil
Autores
GISELE DE LIMA FURTADO, KAYO FELIPE OLIVEIRA DA SILVA REIS, GUSTAVO CHICRE RODRIGUES PINHEIRO, ANNE CAROLINE LEÃO COSTA