Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS AGUDA NO ESTADO DO PARA ENTRE OS ANOS DE 2017 A 2021

Fundamentação teórica/Introdução

A doença de Chagas (DC) é uma infecção ocasionada pelo protozoário Trypanossoma cruzi,
tendo os triatomíneos como vetor na transmissão, comumente chamados de “barbeiros”,
podendo apresentar-se na forma aguda com pacientes assintomáticos ou com sinais e sintomas
inespecíficos. Trata-se de uma das principais doenças negligenciadas do Brasil, com
investigação de maior acurácia na região Norte, devido acrescente de casos por transmissão oral
pelo consumo do açaí, amplamente utilizado no Pará, sendo uma das principais fontes de
contaminação. Por fim, sabe-se que a incidência de DC no Pará constantemente se altera, fato
que chamou atenção pela queda de casos no ano de 2020, associado a subnotificação devido a
pandemia do COVID-19.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico da Doença de Chagas Aguda (DCA) no Estado Pará no
período de 2017 a 2021.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico retrospectivo exploratório de caráter descritivo, a partir da coleta de
dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS), oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),
incluindo determinantes como sexo, faixa etária, raça e escolaridade.

Resultados

A partir dos dados referente ao período de 2017 a 2021, foram registrados 1.259 casos. Diante
disso, nota-se número de casos semelhantes nos dois primeiros anos (294 e 296,
respectivamente), seguido por 258 casos em 2019, 148 em 2020, por fim, contabilizando 249
em 2021. Ao analisar os resultados, quanto à idade, observou-se predomínio nos pacientes entre
20 e 39 anos, correspondente a 34%, seguido de 40 a 59 anos, equivalente a 24,62%. Ao analisar
quanto ao sexo, a DCA ocorreu predominantemente em pacientes do sexo masculino, com
54,33%. No que diz respeito à raça, a maioria numérica dos pacientes eram de cor parda
(85,54%). Por fim, 92% dos dados a respeito da escolaridade foram ignorados ou apresentadas
em branco, prejudicando a análise.

Conclusões/Considerações Finais

Portanto, conclui-se que a incidência de DCA no estado do Pará aumentou abruptamente a partir
de 2017, com uma queda expressiva em 2020, voltando a crescer em 2021. No que tange ao
aspecto epidemiológico, notou-se que a raça parda foi a mais acometida, cerca de 11 vezes
maior que a raça branca. Entre a faixa etária mais notificada, obteve-se número maior de adultos
entre a segunda e terceira década de vida. Por fim, notou-se discreto predomínio do sexo
masculino. Desse modo, é importante que estudos mais atualizados continuem a contribuir no
aspecto epidemiológico do estado.

Palavras Chave

Doença de Chagas; Incidência; Pará; Perfil Epidemiológico

Arquivos