Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL ENTRE CASOS DE TUBERCULOSE COM COINFECÇAO TB-HIV NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2013-2023
Fundamentação teórica/Introdução
A tuberculose é uma importante questão de saúde pública no Brasil, a qual possui alta suscetibilidade de se iniciar e se reativar em condições imunossupressoras, como no HIV.
Objetivos
Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de tuberculose com coinfecção pelo HIV registrados no estado de Santa Catarina, entre 2013 e 2023.
Delineamento e Métodos
Estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo, cujos dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período entre 2013 e 2023, tendo-se utilizado as variáveis sexo, região, coinfecção pelo HIV confirmada e uso de terapia antirretroviral.
Resultados
Em Santa Catarina, de 2013 a 2023, foram notificados 22.297 casos novos de tuberculose. Desses, 18,12% (n=4.042) positivaram para HIV, sendo que nesses casos de coinfecção, 66,58% (n=15.201) foram representados pelo sexo masculino e 33,42% (n=7.096) pelo sexo feminino. A proporção de casos confirmados de coinfecção por tuberculose e HIV diminui 89,9% entre 2013 e 2023, passando de 22,26% (n=505) em 2013 para 13,32% (n=51) em 2023. Durante os últimos 10 anos, o número de testagem para HIV nos casos confirmados de tuberculose diminuiu, sendo que em 2013 o percentual de teste não realizado era de 9,87% (n=224) e em 2023 aumentou para 11,75% (n=45). Em 2021, cerca de 14,24% (n=298) dos casos de tuberculose não foram submetidos ao teste, o maior percentual na última década. A adesão ao tratamento antirretroviral nos casos de coinfecção foi de apenas 3,56% em 2013, apresentando aumento significativo até 2019 para 64,93% (n=237) e decrescendo até 56,86% (n=29) em 2023. O percentual de casos de coinfecção em que não sabem informar sobre a terapia antirretroviral é de 11,76% (n=6) em 2023. Enfatiza-se que os dados de 2023 ainda são preliminares.
Conclusões/Considerações Finais
Compreende-se que o número de registros de tuberculose associados à coinfecção pelo HIV em Santa Catarina ainda é considerado elevado, mas apresentou queda considerável na última década. A adesão ao tratamento antirretroviral reduziu nos últimos 5 anos, projetando a necessidade de maior continuidade assistência à saúde através do fortalecimento da Atenção Primária, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida a esses pacientes e atingir maiores taxas de cura e controle populacional da doença.
Palavras Chave
Tuberculose, Coinfecção pelo HIV, Terapia antirretroviral, Imunossupressão.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil
Autores
GAIA BATISTA, CECÍLIA JULIANI FELIPPE, MIRELA COMIN SALVARO