Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE OCORRENCIAS DA TUBERCULOSE NO ESTADO DO PARA, AMAZONIA BRASILEIRA - RECORTE DE 5 ANOS

Fundamentação teórica/Introdução

Tuberculose é uma infecção bacteriana, causada por Bacilo Álcool-Ácido Resistente (BAAR), com parede celular rica em lipídios, de baixa permeabilidade, capaz de reduzir a efetividade da maioria dos antibióticos. Além disso, possui alta transmissibilidade por meio de gotículas em aerossol e detém importância epidemiológica significativa no cenário mundial.

Objetivos

Descrever o perfil de ocorrências da Tuberculose no Estado do Pará.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, quantitativo de base populacional, realizado no recorte temporal de 2018 a 2022, por meio da análise de dados secundários disponíveis no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Data-SUS-TABNET)/Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net. As variáveis selecionadas foram: ano de diagnóstico, local de residência, sexo, faixa etária e forma clínica. Os dados foram tabulados e analisados por meio do software Microsoft Excel 2019.

Resultados

No decorrer dos últimos cinco anos, foram registrados 26.295 casos de tuberculose no estado. Em 2018 foram 4.711 casos, em 2022 foram 5.784 casos. O ano 2022, teve o maior número de diagnósticos em relação aos anos analisados, com aumento de 8,4% (446) em relação ao ano anterior. Quanto ao local de residência, em 2022, destacamos os municípios de Belém (30%), Ananindeua (8,2%), Santa Isabel do Pará (7,8%), Marituba (3,0%) e Santarém (2,6%), isso corresponde a 51,6% do total dos casos. Em relação ao sexo, em 2022, a porcentagem de casos para o sexo masculino foi de 67,7% (IC 64,4 -70,9) e feminino 32,3% (IC 29,0-35,6). Quando analisado por faixa etária, em 2022, a faixa de idade de 20 a 39 anos, corresponde a 47,2% (IC 42,9-51,5), seguido da faixa de 40 a 59 anos com 28,5% (IC 24,1-32,8). Quanto à forma clínica, para os cinco anos analisados, notou-se predomínio da forma pulmonar, com 89,3% (23.491) dos casos diagnosticados, seguida pela forma extrapulmonar com 8,4% (2.216) casos.

Conclusões/Considerações Finais

A partir dessas análises, observamos aumento nos números de casos, mesmo no período da pandemia, metade ocorreram em cinco municípios. O sexo masculino apresenta maior número de diagnostico, principalmente na faixa etária de 20 a 39 anos, majoritariamente na forma pulmonar da doença. Diante disso, este estudo busca auxiliar na caracterização do perfil epidemiológico dos casos de tuberculose e auxiliar nas políticas públicas de saúde destinadas a esse tema.

Palavras Chave

Tuberculose; prevalência; Pará; Amazônia; Brasil.

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