Dados do Trabalho

Título

HISTOPLASMOSE ASSOCIADA A MICRONODULOS PULMONARES E SUAS DIFICULDADES DIAGNOSTICAS

Fundamentação teórica/Introdução

A Histoplasmose é uma infecção micótica sistêmica causada pelo fungo Histoplasma capsulatum var. capsulatum. No sistema respiratório os conídios e as hifas são diferenciados em leveduras, dessa forma proliferando-se nos macrófagos, assim, sua evolução clínica pode ser classificada em assintomática, infecção pulmonar e histoplasmose com disseminação crônica.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente com micronódulos pulmonares e diagnóstico tardio de histoplasmose.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso baseado em um estudo prospectivo e observacional com informações de prontuário, registros de imagens e revisão de literatura.

Resultados

Relato de caso de um paciente do sexo masculino, 42 anos, metalúrgico, proveniente do Paraguai, diagnosticado com Histoplasmose há 19 meses. A sintomatologia iniciou com quadro de febre não aferida, dispneia grau III, tosse produtiva associada à perda ponderal. Na ocasião, internado em seu país, após 15 dias de sintomas, com suspeita de Covid-19 onde foi identificado em Tomografia de Tórax micronódulos pulmonares com distribuição randômica difusas em ambos os pulmões, sendo realizada broncoscopia com lavado broncoalveolar e biópsia transbrônquica, porém sem diagnóstico conclusivo, procurando atendimento ambulatorial para investigação no Brasil. Em consulta, o paciente encontrava-se assintomático. Sendo assim, iniciou-se a investigação com sorologia para H. capsulatum em que foi detectável em banda M, sendo possível o diagnóstico em dezembro de 2021, mediante biópsia das lesões. O início do tratamento clínico foi Itraconazol 100 mg, duas vezes ao dia, durante 6 meses. Ao retornar a consulta, em fevereiro de 2022, paciente permanecia assintomático, com aumento ponderal, murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios e tomografia de tórax demonstrando diminuição dos micronódulos pulmonares. No mês de outubro, após finalizado o esquema terapêutico, realizou nova tomografia de tórax demonstrando redução progressiva dos micronódulos em número e com menor densidade. O paciente segue assintomático em acompanhamento ambulatorial.

Conclusões/Considerações Finais

Destaca-se a importância de considerar a histoplasmose pulmonar como um diagnóstico diferencial em pacientes com sintomas atípicos, especialmente aqueles com histórico de exposição em áreas endêmicas e presença de micronódulos pulmonares. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para um bom prognóstico e prevenção de complicações graves relacionadas à histoplasmose pulmonar.

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