Dados do Trabalho
Título
TENDENCIAS DE INTERNAÇOES POR DOENÇAS RESPIRATORIAS AGUDAS E CRONICAS NO BRASIL: UMA ANALISE DOS ULTIMOS 10 ANOS
Fundamentação teórica/Introdução
As doenças respiratórias constituem um grupo de afecções que afetam o sistema respiratório, caracterizadas por sintomas como tosse, falta de ar e infecções das vias aéreas, as quais emergem como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. Compreender as tendências de internações por essas enfermidades torna-se essencial para aprimorar estratégias de prevenção, controle e cuidados, visando assegurar a saúde e bem-estar da população.
Objetivos
Analisar as tendências de internações por doenças respiratórias no Brasil de 2012 a 2022.
Delineamento e Métodos
É um estudo ecológico, descritivo e quantitativo usando dados da plataforma online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população incluiu pacientes notificados com internações por doenças respiratórias agudas e crônicas, incluindo pneumonia, bronquite aguda, bronquiolite aguda, bronquite enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, em todo o país de 2012 a 2022. As variáveis consideradas foram raça, faixa etária, sexo e região de internação. A análise dos dados e gráficos foi feita no Microsoft Office Excel®.
Resultados
De 2012 a 2022, as internações por doenças respiratórias variaram. Houve um aumento gradual até 2017, com pico de 349.065 internações, seguido por uma queda até 2020, com 243.971 internações. Entretanto, em 2022, ocorreu um significativo aumento para 357.145 internações, totalizando 3.435.249 no período. A região Sudeste teve o maior número de internações (40,57%), enquanto a Região Norte registrou a menor quantidade (5,12%). Em relação à faixa etária, pacientes com 80 anos ou mais foram os mais afetados (38,51%), enquanto a faixa de 60 a 64 anos teve as menores taxas (12,71%). Quanto ao sexo, não houve diferenças significativas, com 50,13% de internações em pacientes do sexo masculino e 49,83% do sexo feminino. A cor/raça branca apresentou a maior taxa de internações (42,18%), e a cor/raça indígena teve a menor taxa (24,97%).
Conclusões/Considerações Finais
O estudo mostra variações no número de internações por doenças respiratórias agudas e crônicas no Brasil ao longo dos anos, com aumento até 2017, diminuição até 2020 e novo aumento em 2022. A análise por região, faixa etária, sexo e cor/raça revela disparidades nas taxas de internações, com maior prevalência na Região Sudeste, faixa etária de 80 anos ou mais e cor/raça branca. Essas informações são essenciais para aprimorar estratégias de prevenção e controle dessas doenças no país.
Palavras Chave
Doenças Respiratórias; Internação Hospitalar; Epidemiologia Descritiva.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
Complexo Hospital de Clínicas da UFPR - Paraná - Brasil, Universidade do Contestado - Santa Catarina - Brasil, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Paraná - Brasil
Autores
RAFAELA SCHELBAUER, MATHEUS HENRIQUE CASSIAS DE LIMA, GUILHERME MONTEIRO FERREIRA