Dados do Trabalho

Título

INFARTO DO MIOCARDIO SEM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST (IAMSSST) ASSOCIADO ISQUEMIA CEREBELAR COM TRANSFORMAÇAO HEMORRAGICA: RELATO DE CASO

Fundamentação teórica/Introdução

O infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de dor torácica aguda e principal fator etiológico da
mortalidade no Brasil e no mundo. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação relevante para o
infarto agudo do miocárdio, apesar de ser rara, sua prevalência ocorre nos primeiros três meses após o infarto e a
sua associação aumenta a morbimortalidade.

Objetivos

Atentar-se a novas queixas do paciente durante a internação, mesmo que possua um diagnóstico pré estabelecido.

Delineamento e Métodos

Mulher, 50 anos, com queixa de mal estar geral associado a dor em região cervical e lipotimia com início há 5
dias e evoluiu com piora álgica torácica progressiva. O eletrocardiograma indicou bloqueio atrioventricular de 1º
grau e apresentou curva de troponina, diagnosticando assim IAMSSST. Paciente foi submetida ao cateterismo e
retornou com indicação do planejamento de revascularização miocárdica (RM) cirúrgica por acometimento tri
arterial. Porém, na admissão, paciente realizou tomografia computadorizada (TC) de crânio devido história de
lipotimia. A imagem acusou lesão expansiva cerebelar direita a esclarecer. Na ressonância magnética de crânio
constatou isquemia subaguda com sinais de transformação hemorrágica. Após avaliação pela neurologia, foi
orientada realizar a cirurgia de RM em 90 dias após o episódio de acidente vascular cerebral cerebelar com
transformação hemorrágica devido ao alto risco de sangramento por necessidade de anticoagulação plena para tal
procedimento.

Resultados

Atualmente, aguarda o reagendamento para cirurgia da RM. A TC de crânio atual evidenciou alterações
sequelares na região cerebelar direita. Paciente sem complicação ou déficit neurológico.

Conclusões/Considerações Finais

O AVC cerebelar pertence a um grupo de doenças raras de origem vascular. O suprimento vascular do cerebelo
é feito por três pares de artérias com várias anastamoses entre elas, portanto é menos suscetível a sequelas
neurológicas. O diagnóstico do AVC nessa região é mais dificultoso devido à menor sensibilidade da TC de
crânio. Portanto, deve sobrelevar a história clínica e o interrogatório sintomatológico para não ocasionar
possível iatrogenia ou resultado desfavorável para progresso clínico do paciente.

Palavras Chave

Infarto agudo do miocárdio. Acidente vascular cerebral cerebelar.

Arquivos