Dados do Trabalho

Título

RASTREAMENTO DE DOENÇA RENAL CRONICA EM UMA UNIDADE BASICA DE SAUDE NA REGIAO DO PLANALTO NORTE CATARINENSE

Fundamentação teórica/Introdução

A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela deterioração da função renal de forma persistente e progressiva. Programas de rastreamento auxiliam na detecção precoce da doença silenciosa, permitindo a abordagem do paciente renal crônico e retardo da progressão para os estágios finais da doença.

Objetivos

Observar o perfil clínico-epidemiológico, fatores de risco e exames laboratoriais de pacientes atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para rastreamento da DRC.

Delineamento e Métodos

Estudo prospectivo, investigativo, analítico e descritivo realizado com 24 pacientes atendidos em uma UBS na região do Planalto Norte Catarinense, no ano de 2023. Para isso, foi avaliado as variáveis: sexo, média de idade, índice de massa corporal (IMC), comorbidades e fatores de risco apresentados pelos pacientes, pressão arterial (PA), hemoglicoteste (HGT); e exames laboratoriais para avaliar a função renal utilizados foram a creatinina sérica e o parcial de urina.

Resultados

79,2% dos pacientes eram mulheres, com média de idade de 53 anos. Por meio do IMC, constatou-se que apenas 4 pacientes estavam no peso ideal, ou seja, entre 18,5 a 24,9. A hipertensão arterial e a doença cardiovascular foram os fatores de risco mais proeminentes na pesquisa, estando presente em 60,9% dos pacientes. Em relação aos valores obtidos por meio do teste de HGT, 34,8% da amostra obtiveram valores entre 100 e 125 mg/dL, e 26,1% valores acima de 200 mg/dL. Já a PA aferida, apenas 37,5% dos pacientes não apresentavam hipertensão no momento do atendimento. 8,3% dos pacientes possuíam creatinina sérica maior que o valor de referência (0,6-1,2% mg/dl), e com relação ao parcial de urina, 9 participantes tinham uma flora bacteriana presente, evidenciando uma possível infecção bacteriana.

Conclusões/Considerações Finais

O rastreamento da DRC em UBS é essencial para identificar pacientes em risco e permitir intervenções precoces. Consiste em avaliar, por meio de exames laboratoriais, a função renal de pacientes assintomáticos, mas que apresentam fatores de risco, como diabetes e hipertensão arterial, exigindo maior atenção e intervenções efetivas para o controle dessas condições, uma vez que têm impacto significativo na saúde renal, sendo fundamental que os profissionais de saúde sejam capazes de reconhecer os fatores de risco e abordar de forma adequada os pacientes com DRC, com foco na prevenção e no retardo da progressão da doença.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica. Epidemiologia. Rastreamento.

Arquivos