Dados do Trabalho
Título
BIOMARCADORES UTILIZADOS NO MONITORAMENTO DA INJURIA RENAL AGUDA EM PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL NO PLANALTO NORTE CATARINENSE, NO ANO DE 2022.
Fundamentação teórica/Introdução
Biomarcadores são substâncias que podem ser medidas no sangue ou na urina e refletem as alterações moleculares e celulares associadas à insuficiência renal aguda (IRA). Possuem potencial de revolucionar a abordagem diagnóstica, prognóstica e de monitoramento da progressão da IRA, permitindo intervenções precoces.
Objetivos
Investigar os biomarcadores de IRA para melhorar o prognóstico e monitoramento da progressão da doença em pacientes internados com IRA.
Delineamento e Métodos
Estudo descritivo, observacional, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi 60 pacientes portadores de IRA, internados em um Hospital no Planalto Norte Catarinense, no ano de 2022. Os dados foram coletados a partir de prontuários médicos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer nº 5.131.593.
Resultados
Em relação aos biomarcadores, a creatinina (Cr) foi avaliada em três momentos: obtendo a média na admissão 4,10 mg/dl, no parecer nefrológico 6.0 mg/dl e no dia da terapia renal substitutiva (TRS) 6,18 mg/dl. A média da Cr na admissão dos que evoluíram para óbito (50%) foi de 3,25 mg/dl; no parecer nefrológico 4,02 mg/dl e no dia da TRS de 5,12 mg/dl, nos pacientes que sobreviveram foi 4,52 mg/dl na admissão, 4,89 mg/dl no parecer nefrológico e 5,78 mg/dl no dia da TRS. A ureia também foi avaliada em dois momentos (admissão hospitalar e parecer nefrológico) com valor médio respectivo de 94,85 mg/dl e 160,64mg/dl.
Conclusões/Considerações Finais
Cr está correlacionada com maior taxa de mortalidade e pior prognóstico, no entanto, nesta pesquisa os maiores valores do biomarcador foram maiores nos sobreviventes, corroborando com Sousa, pesquisa em 2014, que mostrou que para cada aumento de 1 mg/dl na Cr, houve redução de 31% na probabilidade de óbito. Ademais, os valores podem estar subestimados, e negligenciados, pois, os números de Cr podem não refletir a função renal basal verdadeira, sendo um biomarcador que demora para aumentar na IRA e depende do biotipo de cada paciente. Os valores da ureia apresentaram curva de aumento exponencial, porém os valores séricos da ureia podem ter relação com outros fatores como a dieta, produção hepática, desidratação, trauma, insuficiência cardíaca congestiva, infecção, depleção de sódio e uso de medicamentos. Embora apresente estas limitações, alterações nos níveis plasmáticos da ureia decorrentes de IRA surgem antes que à creatinina.
Palavras Chave
Biomarcadores. Creatinina. Injúria Renal. Ureia.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
Universidade do Contestado - Santa Catarina - Brasil
Autores
PATRICIA DUPONT, CAROLINE KUGERATSKI CARNEIRO , JÚLIA ULIANA ROSSI