Dados do Trabalho
Título
PREVALENCIA DAS SINDROMES FEBRIS NO ESTADO DO PARA – UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO
Fundamentação teórica/Introdução
No contexto da infectologia, leishmaniose visceral, malária, dengue e zika são consideradas síndromes febris. Associadas à realidade amazônica, essas doenças trazem um grau de inquietação relevante, uma vez que são influenciadas por fatores climáticos e as condições socioeconômicas, contribuintes para as altas prevalências na região.
Objetivos
Evidenciar a epidemiologia das síndromes febris mais relevantes no estado do Pará nos anos de 2018 a 2022.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal, no período de 2018 a 2022, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica SIVEP-Malária/Tableau. As síndromes febris analisadas foram leishmaniose visceral, malária, dengue e zika. As variáveis ano de notificação, faixa etária, sexo e evolução foram utilizadas. Todos os dados foram tabulados e analisados no software Microsoft Excel 2019.
Resultados
A leishmaniose visceral apresenta queda de 72,0%, de 579 (2018) para 162 (2022) dos casos notificados. Em 2022, a faixa etária de 20 a 39 anos contribuiu com 24% (IC12,8-35,3), o sexo masculino com 63,0% (IC53,5-72,4) e feminino com 37,0% (IC25,8-48,3), quanto a evolução, 73% (IC61,4-79,3) tiveram cura, porém 17,9% (IC4,6-31,1) foram dados ignorados. Do total dos 5 anos analisados (1499 casos) 98 (6,5% IC 3,6-9,5) foram de óbitos. Para malária em 2018 foram notificados 45.834 (23,6%, IC23,2-24,0), em 2022 foram 24.064 (18,4%, IC17,5-19,2) de todos os casos da Amazônia. O sexo masculino, em 2022, contribuiu com mais de 60% dos casos, a faixa etária de 20 a 39 foi responsável por 38,9% dos casos positivos. Quanto aos dados de Zika, foram notificados 811 (2018) e 230 (2021). Em 2021, a faixa etária de 20 a 39 anos contribuiu com 42,6% (IC33,3-51,9), o sexo masculino com 40,0% (IC30,3-49,7) e feminino com 59,6% (IC49,7-69,5). Para a Dengue, foram notificados 3819 (2018) e 6612 (2022). Em 2022, a faixa etária de 20 a 39 anos contribuiu com 37,3% (IC 35,4-39,0), o sexo masculino com 48,4% (IC 46,6-50,1) e feminino com 51,6% (IC 49,8-53,5), 63,8% tiveram cura, 36,0% de dados ignorados.
Conclusões/Considerações Finais
A leishmaniose e a malária, predominam entre os homens, a dengue e a Zika destacam-se no grupo feminino, a faixa etária de 20 a 39 anos é predominante entre todos os agravos. Existe um alto número de dados incompletos.
Palavras Chave
Dengue; Zika; Malária; Leishmaniose visceral; Pará; Amazônia.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil
Autores
ALESSANDRA LOPES DA SILVA FONSECA, DÉBORA DOS SANTOS REZENDE, INGRID MARCELLE LOPES FALCÃO, VICTOR THIAGO AMORIM BARATO, HERNANE GUIMARÃES DOS SANTOS JUNIOR