Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO DAS UNIDADES BASICAS DE SAUDE NA VISAO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇAO PRIMARIA A SAUDE EM SINOP-MT

Fundamentação teórica/Introdução

Uma prioridade da necessidade de elaboração de novas políticas socioeconômicas, assistenciais e de saúde em pauta tem sido inspirada na Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que essa é considerada a “porta de entrada” no SUS (GIOVANELLA, et al., 2009). Mendes (2011) tem proposto um sistema regionalizado por meio da implantação de uma Rede de Atenção à Saúde (RAS), tendo como pilar a APS que assume papel central no funcionamento das RAS.

Objetivos

Avaliar a capacidade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em coordenar as RAS na visão dos profissionais de saúde do município de Sinop.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal. A população envolvida é composta por 251 profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família no município de Sinop. Para coleta de dados foi utilizado o Instrumento de Avaliação da Coordenação da RAS pela APS (COPAS), adaptado e validado, no Brasil, por pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (RODRIGUES et al, 2014) que leva em consideração a avaliação das cinco dimensões das RAS (população, atenção primária, sistema logístico, sistema de apoio e governança). Os escores foram calculados e a capacidade das UBSs foram classificada como insatisfatória (0-25%), regular (25,01-50%), boa (50,01-75%) e ótima (75,01-100%).

Resultados

Do total de participantes, 13,5% eram médicos, 15,1% enfermeiros, 5,6% dentistas, 19,5% eram técnicos de enfermagem, 6,7% eram técnicos ou auxiliares de higiene bucal e 39,4% eram Agentes Comunitários de Saúde (ACS). As mulheres corresponderam a 88% dos entrevistados. A idade média dos participantes foi de 41,1 anos e o tempo médio de trabalho na ESF foi de 9,08 anos. Com relação à avaliação feita pelos profissionais da ESF, a melhor classificação foi dada pelos Técnicos ou Auxiliares de Saúde Bucal (ASB) no atributo APS, com escore de 65,20%. Apesar disso, o atributo População recebeu o menor escore (54,77%), avaliada pelos profissionais de enfermagem. A melhor avaliação na globalidade dos atributos foi feita pelos ASB (escore 63,06%) e a pior avaliação foi feita pelos enfermeiros (58,74%).

Conclusões/Considerações Finais

Em relação aos entrevistados, é possível notar a grande participação dos ACS e do sexo feminino. Vale destacar que a participação dos profissionais da enfermagem em muitos processos de gestão da APS, pode ter gerado uma pior classificação nesse grupo. Ademais, conhecer a fragilidade das unidades de saúde no município é de fundamental importância na elaboração de estratégias voltadas às demandas especificas de cada UBS.

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