Dados do Trabalho
Título
MACROADENOMA DE HIPOFISE PRODUTOR DE PROLACTINA COMO CAUSA DE HIPOTIREOIDISMO SECUNDARIO - RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
Introdução: O hipotireoidismo secundário cursa com estimulação insuficiente da tireoide pelo hormônio tireoestimulante (TSH) e redução dos níveis de Tiroxina (T4), além de panhipopituitarismo, necessitando avaliação de outros hormônios. Apresenta o macroadenoma hipofisário produtor de prolactina (prolactinoma) como diagnóstico diferencial.
Objetivos
Objetivo: Alertar sobre o prolactinoma, patologia que acarreta grande impacto na funcionalidade.
Delineamento e Métodos
Métodos: Relato de caso.
Resultados
Relato do Caso: JLM, masculino, 68 anos, negro, natural e residente do Rio de Janeiro. Há dois meses com quadro progressivo de bradipsiquismo, desorientação, sonolência, cefaleia, fraqueza generalizada e redução da libido. Nega história de síncope, convulsão, traumatismo cranioencefálico, amnésia, alucinações, alteração visual, náuseas ou vômitos. Em acompanhamento por hipertensão arterial bem controlada. Exame físico: regular estado geral, confuso, desperta aos chamados, interativo, fala lentificada, hidratado, hipocorado 1+/4+, acianótico, anictérico, afebril, eupneico em ar ambiente. Glasgow 13, marcha lentificada, tetraparesia 4+/5+, ausência de nistagmo ou desvio de comissura labial; restante sem alterações. Exames laboratoriais: TSH 1,55 µUI/ml, T4 livre 0,29 ng/100ml, Prolactina > 200 ng/ml, Hormônios Luteinizante, Folículo Estimulante e Cortisol reduzidos; demais dentro da normalidade. Ressonância Magnética de Crânio: “Volumosa formação expansiva com sinal heterogêneo, predominantemente isointenso de permeio, notadamente no aspecto mais anterior da lesão, o maior deles com cerca de 1,6 cm no maior eixo transverso, de localização intra, supra e infra-selar, em contato com o quiasma óptico, determinando efeito compressivo sobre o mesmo e apresentando importante insinuação para o interior do seio esfenoidal, notadamente à esquerda”. Diagnosticado prolactinoma e iniciado tratamento conservador com cabergolina, um agonista dopaminérgico. Após 2 meses, melhora sintomático-funcional importante e painel hormonal normalizado; mantida conduta clínica.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusão: Diante do caso exposto, nota-se que diagnóstico precoce associado à terapia medicamentosa com agonista dopaminérgico pode regredir sintomas, reverter a síndrome hipotireoidea secundária e devolver funcionalidade ao paciente.
Palavras Chave
Descritores: Hipotireoidismo secundário; macroadenoma hipofisário produtor de prolactina; prolactinoma; cabergolina.
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Instituições
Hospital Federal dos Servidores do Estado - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
DANIELA FERREIRA FARIA, RAFAEL SENO GUIMARÃES, ADRIANY SATHLER AMBRÓSIO, RAFAEL VICENZO VALENTINI, OSCAR FERREIRA CANTINI DA SILVA