Dados do Trabalho
Título
PROGRESSAO DA DOENÇA RENAL CRONICA EM PACIENTE DIABETICO E HIPERTENSO: UM RELATO DE CASO
Fundamentação teórica/Introdução
A crescente prevalência da progressão para Doença Renal Crônica (DRC) em indivíduos portadores de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM).
Objetivos
A DRC consiste na presença de dano ou diminuição da função renal por um período igual ou superior a três meses, com implicações para a saúde. Seu estadiamento é através da taxa de filtração glomerular (TFG) e albuminúria (1). Apresenta um curso prolongado, insidioso e com evolução assintomática, sendo um importante problema de saúde pública. As principais causas são a DM, seguida por HAS, sobretudo nos países em desenvolvimento, como consequência do envelhecimento populacional(2). As complicações incluem aumento da mortalidade relacionada ao risco de evento cardiovascular, distúrbios hidroeletrolíticos, lesão renal aguda e progressão da doença renal. Por conseguinte, a perda contínua da função renal pode levar muitos dos pacientes para a DRC terminal (DRCT). Os indivíduos que evoluem para DRCT necessitam de algum tipo de terapia renal substitutiva (TRS). Assim, o propósito deste trabalho é descrever o caso de um paciente, portador de DM2 e HAS, com má adesão medicamentosa, que evoluiu com uma lesão renal importante, necessitando da realização de hemodiálise (3).
Delineamento e Métodos
Os dados contidos neste relato de caso foram obtidos por meio de informações colhidas com a equipe médica , revisão do prontuário e foi aprovado pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP).
Resultados
C.A.M.C, 80 anos, masculino, diabético e hipertenso há 20 anos. O paciente foi transferido à emergência de um hospital de grande porte na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, por apresentar quadro de inapetência, anúria e confusão mental com evolução de dois dias. Em uso irregular de Enalapril, Glibenclamida e Insulina NPH. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral, confuso, desidratado e mucosas hipocoradas. Sinais vitais estáveis. Foram realizados exames laboratoriais, os quais apresentaram níveis de Ureia de 195 mg/dL e Creatinina 11,94 mg/dL, em que foi possível identificar uma TFG de 4mL/min/1.73m2, estágio 5, insuficiência renal, segundo classificação da diretriz KDIGO e dessa maneira, com critério para realização de hemodiálise.
Conclusões/Considerações Finais
Sendo assim, ressalta-se a relevância da detecção precoce e manejo adequado dos pacientes com DRC, visando ao cuidado integral e como principal finalidade a redução de desfechos desfavoráveis, como a mortalidade cardiovascular e a progressão para a DRCT.
Palavras Chave
Doença Renal Crônica ; Diabetes Mellitus ; Hipertensão
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Relato de Caso
Autores
OTAVIO ARDENGHI FREIRE, MARIA EUGENIA ANGST TONETTO