Dados do Trabalho

Título

APENDICITE ASSOCIADA COM SINDROME DE MAYER-ROKTANSKY-KUSTER-HAUSER

Fundamentação teórica/Introdução

A Síndrome de Rokitansky, uma doença congênita de origem desconhecida, afeta o sistema reprodutivo feminino e é caracterizada pela ausência ou má formação dos órgãos genitais, principalmente o útero e o canal vaginal. Quando presentes, essas estruturas apresentam tamanhos menores do que o considerado normal. O quadro de apendicite é conhecido por ter um síndrome conhecido de dor localizada, mas podemos encontrar alterações neste tipo de quadro, visto a má formação anatômica causada pela síndrome, refletindo de modo circunstancial na semiologia.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente portadora da síndrome de Mayer Rokitansky-Kuster-Hauser, que foi diagnosticada com um caso de
apendicite aguda, mas com uma semiologia diferente devido a alterações anatômicas causadas pela síndrome.

Delineamento e Métodos

As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com a paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido.

Resultados

Paciente, sexo feminino, 28 anos, procura o centro de urgências e emergências alegando dor em hipogástrio e fossa ilíaca
esquerda de 24 horas de evolução, acompanhado de vômitos de conteúdo liquido, em 7 oportunidades, além de sensação febril
não graduada. Ao exame físico, a paciente apresenta pele mucosas secas, abdômen plano, simétrico, doloroso a palpação
superficial e profunda, com ruídos hidroaéreos diminuídos. A conduta diagnóstica é realizada internando a paciente, solicitando exames laboratoriais, uma ecografia abdominal e por fim, uma Inter consulta com o cirurgião, que avalia o caso como uma apendicite aguda.

Conclusões/Considerações Finais

O caso relatado traz a luz a discussão de uma patologia rara, porém que altera a visão e a semiologia conhecida de uma
patologia considerada “comum”, como é o caso da apendicite. A síndrome de Rokitansky desta paciente não só afetou seu desenvolvimento anatômico, como também psicológico e social, visto que a mesma não possuía útero, mas também na forma de
tratar e detectar enfermidades que necessitam de uma atenção profunda a anamnese e aos exames laboratoriais. Sendo assim, é necessário que o profissional da saúde analise todas as esferas do paciente de maneira a lhe oferecer o melhor tratamento.

Palavras Chave

Apendicite, Aguda, Síndrome, Rokitansky

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