Dados do Trabalho
Título
INVESTIGAÇAO DA PREVALENCIA DE DEFICIENCIA DE VITAMINA D EM PACIENTES ONCOLOGICOS E SEU IMPACTO NOS DESFECHOS DO TRATAMENTO
Fundamentação teórica/Introdução
A vitamina D exerce um papel crucial na saúde humana, sendo essencial para o funcionamento adequado de diversos sistemas e órgãos. Além de regular o metabolismo do cálcio e do fósforo, a vitamina D também está envolvida a regulação do sistema imunológico, a modulação da função cardiovascular e a regulação da expressão gênica em diversos tecidos.
Estudos tem avaliado a sua deficiência com uma possível influência na carcinogênese e progressão do câncer. Acredita-se que o calcitriol tenha efeitos antiproliferativos, pró-apoptóticos e antiangiogênicos em células tumorais. Ademais, a vitamina D também está envolvida na regulação da expressão de genes relacionados à diferenciação celular e ao controle do ciclo celular. Esses mecanismos podem interferir na proliferação descontrolada das células cancerígenas e na progressão do tumor.
Objetivos
Este trabalho visa analisar se a deficiência de vitamina D está relacionada a piores desfechos clínicos em pacientes oncológicos, como taxa de resposta ao tratamento, sobrevida global, tempo de progressão da doença e qualidade de vida.
Delineamento e Métodos
Foi realizada uma pesquisa nas bases do PubMed, MEDLINE e Embase, utilizando os termos de busca "deficiência de vitamina D", "câncer" e "prognóstico". Foram incluídos estudos publicados entre os anos 2000 e 2021, que investigaram a relação entre a deficiência de vitamina D e os desfechos em pacientes oncológicos.
Resultados
Foram avaliados um total de 5.000 pacientes oncológicos, a prevalência de deficiência de vitamina D variou, com uma média geral de 60%. A deficiência grave de vitamina D foi observada em aproximadamente 30% dos pacientes.
A deficiência esteve relacionada a um pior prognostico nos pacientes. A sobrevida global foi reduzida em pacientes com deficiência de vitamina D em comparação com aqueles com níveis adequados (p < 0,001). Outrossim, a deficiência de vitamina D foi associada a um maior risco de recorrência da doença.
Quanto aos desfechos do tratamento, os pacientes com níveis baixos apresentaram taxas mais altas de complicações pós-operatórias (p < 0,05) e maior incidência de efeitos adversos durante a terapia antineoplásica (p < 0,01). Além disso, a deficiência foi associada a uma menor taxa de resposta ao tratamento (p = 0,003).
Conclusões/Considerações Finais
A deficiência de vitamina D é frequente em pacientes oncológicos e está associada a um pior prognóstico e a piores desfechos do tratamento. A correção dos níveis de vitamina D pode ser uma estratégia importante para melhorar os resultados clínicos em pacientes com câncer.
Palavras Chave
Vitamina D
Câncer
Deficiência de vitamina D
Arquivos
Área
Clínica Médica
Categoria
Trabalhos Científicos
Instituições
UNITPAC - Tocantins - Brasil
Autores
TYPHANNIE COELHO BORGES SILVA, HALVÁRO JOEL DANTAS BARBOSA, JOEDSON JUNIOR PARREIRA SILVA, VINICIUS BARROSO DE SOUSA, MARIA KARINA LIMA LAGARES